SUBJETIVIDADE, TEMPO E INSTITUIÇÃO NO EMPIRISMO TRANSCENDENTAL DE GILLES DELEUZE

Autores

  • Sandro Eduardo Rodrigues

Palavras-chave:

Subjetividade, tempo, instituição.

Resumo

O artigo investiga o estatuto temporal da produção de subjetividade, partindo da concepção cartesiana de sujeito pensante, o cogito ergo sum, para apresentar em seguida a crítica kantiana, uma vez que esta insere a questão do tempo no cogito. Com o auxílio de estudos de Regina Benevides de Barros e Eduardo Passos, a filosofia transcendental de Immanuel Kant é articulada com a proposta empirista de David Hume e, com isso, o chamado empirismo transcendental, de Gilles Deleuze, é pensado como parte de um projeto a um só tempo ético, estético e político, que começa a se delinear como uma teoria da relação entre instintos e instituições. O artigo aponta a necessidade, para a psicologia, de uma concepção positiva da sociedade para abordar a produção da subjetividade nas instituições.

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Publicado

2009-07-16

Edição

Seção

Estudo Empírico